Recap de 2025 + tendências pro ano que vem, com spoilers do nosso report mais famoso

Como sempre, em dezembro, a sensação é de que tudo aconteceu mais do que nunca, que foi o ano mais cansativo de todos, que as paradas que rolaram em janeiro fazem taaanto teeempo. A verdade é que sempre é assim, em termos de sentimento, e a única coisa que muda mesmo do dia 31 pro 1 é o número do ano.
Definitivamente, foi um ano agitado pra Creator Economy, que se transforma na velocidade da luz, como a gente sempre faz questão de lembrar por aqui. E, diante de tanta coisa errada no nosso mercado, seja moralmente ou de processos mesmo, urge a necessidade de amadurecer e se profissionalizar, pra evitar que certos comportamentos, atitudes e ideias continuem passando despercebidos e entrando na vida das pessoas como se nada. Pois é: Vem Aí 2026!
Diversificação: agora vale pra todos os players
A gente inferniza a mente dos creators sobre #publi não poder ser a única forma de se ganhar dinheiro, mas agora não é só pra quem cria conteúdo que isso vale: agências, produtoras, plataformas e hubs digitais também precisam diversificar modelos de receita e operação. O mercado vem sinalizando isso desde 2022, mas agora a diversificação é uma questão de sobrevivência: quem não expandir, encolhe, pois não vai conseguir atender todas as necessidades do mercado.
Mesmo com recordes em negociações de #publi, ninguém sustenta negócio apenas na lógica da campanha – e, ainda por cima, num mercado aquecido como no Brasil, onde milhões de pessoas se vêem como creators. Simplesmente não tem tanto job. No fundo, estamos diante de um movimento muito semelhante ao que o próprio mercado de comunicação viveu: fusões, aquisições e integrações de serviços. Só que, agora, essa reorganização nasce do coração da Creator Economy: onde conteúdo deixa de ser fim e passa a ser o início de um ecossistema de negócios.
Até a YOUPIX entrou na onda da diversificação, pra mostrar o quanto ela é fundamental pra se sustentar na Creator Economy de hoje (e amanhã): criamos o Creators Hub, que oferece cursos de creator para creator – uma linha de negócio do Creators Boost; Cobertura e branded content (ok, entramos na parada da #publi); Módulo IA do nosso curso para estrategistas de Influência e integração de um chatbot com tencologia da PrimeTag; além de muitos workshops com criadores de conteúdo para diferentes soluções do mercado.
Isso porque o creator é uma empresa e precisa se ver como tal. Marcas e investidores olham pra eles como empreendedores, não só como mídia. O tempo das métricas vazias acabou e só cresce quem entrega profundidade, constância e engajamento real. Sem estratégia, não há espaço. Portanto, creators deixam de ser o fim da campanha e viram o início de um negócio completo, que conecta conteúdo, produto, dados e comunidade.
Ainda assim, provar que Marketing de Influência funciona continua sendo perrengue do mercado.
A pesquisa ROI & Influência de 2025, realizada pela YOUPIX em parceria com a Nielsen, mostrou que a maior barreira pra aumentar o investimento no Marketing de Influência está ligado a dificuldade em quantificar o retorno sobre o investimento.
Mesmo com o mercado mais maduro e com mais investimento, as métricas e a vaidade em relação a elas é um dos principais motivos de não haver aumento no investimento. O mercado ainda trata view como sucesso, mas view não é prova de influência. É preciso mostrar que isso virou consideração, mudança de percepção, ação, compra, decisão.
Se antes uma campanha viral era considerada sucesso, agora a pergunta é: o que ela trouxe de volta em construção de marca e comunidade? O ROI deixa de ser somente clique e vira cultura + performance. É quase cômico ver o mercado recaindo no velho vício de “quantos seguidores tem?”. Em 2026, isso é inconsistência metodológica.
Por isso, marcas que não medem, apostam no escuro. A pesquisa da Influência no Consumo, YOUPIX&Nielsen 2025 aponta que existe relação direta entre Influência e consideração de compra, mas sem integração de métricas e fontes, é difícil comprovar ROI em grande escala. Acontece que a influência será cada vez mais integrada às estratégias de negócio — e, para isso, precisa de dados claros. Marcas que ainda operam no escuro, sem ferramenta ou critério de avaliação, vão perder espaço (e verba). Do mesmo jeito, creators sem dados viram risco, enquanto, com dados, viram ativos estratégicos.
Quantas 24 horas cabem no seu dia?
Um dado que é chocante, mas surpreende um total de zero pessoas, é o de que 70% das campanhas de influência são feitas em menos de 1 semana, enquanto o prazo de aprovação da marca geralmente é maior do que isso. Qual o sentido, pensando em todos os players do nosso mercado, de termos mais tempo de aprovação do que de criação?
A gente chama esse movimento de “pastelaria das #publis”, porque parece que é só escolher o sabor e fritar, pronto. Ainda, 1 em cada 2 agências acreditam que as marcas esperam resultados irreais nas campanhas de influência. Sem tempo de sequer planejar direito uma boa estratégia, como esperar um resultado fora da curva?
Uma solução que a YOUPIX apontou para reduzir esse dano da falta de tempo é aprender a usar ferramentas de Inteligência Artificial, que podem desburocratizar processos – principalmente os mecânicos e repetitivos – pra ganharmos tempo de focar no processo criativo, que é o grande diferencial de uma campanha. O IMP (Influence Marketing Program), nosso curso de capacitação em Creator Economy, inclusive foi repaginado neste ano e ganhou um novo módulo de IA.
Pra fugir da #publidependência, creators (e as marcas embarcaram) apostaram forte no segmento de afiliados. Finalmente o mercado conseguiu provar a efetividade dos programas de afiliados, mas a YOUPIX já tinha entendido isso, apontando o programa da Amazon, da Shopee, Magalu e Mercado Livre como os catalisadores desse modelo de negócio no país. Com a pesquisa Creator & Negócios 2025, a YOUPIX mapeou o crescimento dos afiliados como a 2ª principal fonte de receita do creator. A pesquisa apontou que afiliados é o modelo mais presente nos primeiros 1 a 2 anos na produção de conteúdo, caindo quando chegam em 5+ anos de criação.
E chegou mais um: o Youtube Shopping vem para revolucionar o mercado, sendo a única plataforma que conta com vídeos longos e curtos; ele se junta ao ramo do social commerce e aceita o desafio de se tornar um dos gigantes, permitindo a criação de programas de afiliados dentro da plataforma. Com a intenção de simplificar a jornada de compra e ainda a inserir em um contexto de comunidade para o creator.
Atenção virou commodity e “parassocial” é a palavra do ano
71% da audiência está cansada de ver muita publicidade feita por influenciadores (“Efeito Influência e Consumo, YPX + Nielsen). Isso comprova algo que, há anos, falamos por aqui: influência não é mídia barata pra comprar view e impressão. Em 2026, essa lógica entra oficialmente em crise e a equação é conexão = confiança = comunidade = capital social e econômico.
Nessa linha de debate sobre a disputa por atenção, a palavra “parassocial virou o termo do ano no debate cultural. Basicamente, “uma relação parassocial é uma não-relação”. Isso porque vivemos em tempos em que você diz que não tem amigos, mas gostaria de ser amigo da Taylor Swift. E até de gente meio totoca da cabeça que inventa de casar com Inteligência Artificial.
Isso provocou uma saturação geral das pessoas e, por consequência, a queda no engajamento. Muitos creators culparam o algoritmo, mas poucos olharam pro que estão produzindo na tentativa de fazer algo diferente. Como você é uma pessoa de confiança dessa News, aqui vai um SPOILERZÃO de um conteúdo de fim de ano:
“Eu queria expurgar da Creator Economy em 2026 a galera ficar reclamando de algoritmo 24 horas por dia. A gente fica tirando a responsabilidade de olhar pra si e ver como eu posso melhorar meu conteúdo. Não é céu nem terra: nem se culpar 100%, mas também não terceirizar essa responsabilidade”, disse a creator Beta Boechat no YPX Summit.
Por essas e várias outras, vai chegando o fim da linha do tal combo “1 post no feed + 3 stories”. Cadê as conversas sobre construção de marca, o real propósito do marketing de influência? Ninguém mais tá a fim de dar play em #publi, porque logo de início já dá pra ver que é. Quando a gente engaja, é no máximo porque gosta do creator e “queremos ajudar”. Que vida essa hein, de dar likes por dó… faz muito mais sentido desenhar arcos narrativos com creators. Influência relevante é construída, não dropada no feed.
Lançando a pré-candidatura de palavra do ano para… COCRIAÇÃO
Em 2026, as melhores parcerias serão com quem abre espaço real para cocriação: participação em roteiro, narrativa, produto, comunidade e até novas soluções de plataformas de afiliados.
Do lado das marcas, isso implica desapegar de controle total e aceitar que criadores não são atores lendo script, são intérpretes culturais. Precisamos de mais autenticidades nas redes e tem muita gente boa nessa missão. Bora valorizar quem nos valoriza como audiência?
“A Creator Economy vive um paradoxo: enquanto uns constroem futuro com ética e profissionalismo, outros lucram no presente com oportunismo e descaso. E o mercado ainda aplaude os dois.”
Prepare-se… 2026 vai ser um ano daqueles. Vem Aí: fim de estratégias rasas, mudança do foco em número de seguidores pra pensar em contexto de nicho, novelas verticais, deep fakes melhores do que nunca, jornalismo de creators, afiliados, regulamentação das redes sociais, profissionalização dos creators, SXSW, Cannes, Oscar e Golden Globes (lá vai nóis no insta da Academia de novo!) ,novas formas de monetização, debate sobre crianças nas redes, nepoinfluencers, mensuração, saturação das redes, ferramentas de otimização, IA como aliada (e não substituta), amadurecimento da Creator Economy, eleições, creators-candidatos ou candidatos que mais parecem creators? Copa do Mundo, BBB e muito mais, começando com tudo em janeiro, com aquela primeira fofoca do ano que sempre rola, quando a gente mal voltou aos trabalhos.
Uma coisa é certeza: a YOUPIX segue aqui com você, tentando sempre servir como um farol quando o assunto é Creator Economy. Valeu por estar com a gente em 2025 🙂
Um salve especial pra Oli, Rafa, Alê, Catia, Jeff e Irwin, o time YPX responsável por esse report <3