Palestrantes:
Mediadora Olivia Souza – Consultora Business Solutions YOUPIX
Julia Reis – Jornalista cultural, co-fundadora da Brasa Mag, coordenadora de conteúdo na Hypebeast Brasil.
José Kaeté (Zé na Rede) – Comunicador popular
Sérgio Rocha – Diretor de Marketing, Comunicação e Parcerias Gerando Falcões
Natália Rodrigues – Diretora de Atendimento FKD Influencers
Tá sem tempo? Leia isso: O painel desmistificou a visão de que o “Brasil com S” (Norte, Nordeste, Favelas, Periferias) é apenas um nicho sazonal ou um foco de assistencialismo . O Zé na Rede, por exemplo, ressaltou que regiões como a Amazônia são frequentemente resumidas e generalizadas pelas marcas, que só procuram criadores locais em momentos específicos (ex: campanha com planta amazônica) . A verdade é que o “Brasil com S” é um território de potência, diversidade gigantesca (ex: 180 línguas nativas na Amazônia) e um potencial de consumo de R$ 200 bilhões/ano (só em favelas) .
Breve Resumo: O painel conectou a origem pessoal dos convidados (Taboão da Serra, Amazônia, periferia de BH) à construção de negócios criativos que fogem do “Brasil instagramável” . A discussão girou em torno de como a generalização e o preconceito do eixo Sul-Sudeste limitam a potência criativa da América Latina. O Favela Creators (Gerando Falcões) demonstrou como a Creator Economy está sendo usada para gerar renda e transformação social ao potencializar talentos da periferia .
Um Insight: O termo “nicho” é perigoso e incorreto para o “Brasil com S” . O que o mercado chama de nicho é, na verdade, uma visão de mundo e o local onde reside a autenticidade. Criadores de regiões fora do eixo principal trazem em seus orçamentos uma “taxa de reparação histórica” e uma “taxa de estresse” pelas burrices e generalizações das marcas, sinalizando que a cocriação precisa ser mais justa .
Outros pontos importantes:
- Favela como Potência: As favelas e periferias abrigam 16.4 milhões de pessoas (8% da população brasileira) e não devem ser vistas como escassez, mas como motor de consumo e criatividade.
- Força Local: A agência FKD (que atende clientes com maturidade na diversidade) ressaltou que a força local é a melhor para a cobertura e produção, pois “só quem é de lá sabe onde pisa”.
- Combate à Generalização: Termos como “Brasil Profundo” devem ser eliminados, pois são comparativos negativos em relação ao eixo Rio-São Paulo. O risco está em trabalhar com a diversidade apenas em pautas de sazonalidade.
Fechamento: A centralidade do criador passa pela agência deixar de ver o influenciador como um formato (banner) e valorizar os aspectos que realmente criam a conexão com a comunidade . A forma de provocar o mercado é entregando o que é melhor e surpreendendo.