Spark anuncia a criação do cargo de Chief Operating Officer mirando na eficiência em meio a um ritmo de crescimento acelerado

A Creator Economy passa por um boom a cada ano: segundo a FGV-Rio, nosso mercado está num ritmo de crescimento de 22,5% ao ano. Logo, o marketing de influência deixou de ser apenas uma ferramenta rápida de visibilidade para se tornar um motor estratégico dentro dos negócios. O que antes era visto como uma aposta, hoje ocupa um espaço grande no orçamento das marcas, porque cada vez mais prova seu impacto comercial. Só que, quando um mercado cresce muito rápido, ele cobra organização e eficiência a um nível mais maduro de liderança.
Spark mostra porquê é preciso se organizar
A criação do cargo de Chief Operating Officer (COO) e a chegada de Tatiana Magliari pra ocupar esse espaço marcam um ponto de virada organizacional. A Spark atingiu um patamar em que volume, velocidade e complexidade de operação exigem estrutura. Crescendo acima de 50% pelo segundo ano consecutivo, mantendo parcerias estratégicas com marcas como Nubank, Unilever, Amazon, Banco do Brasil e L’Oréal e operando com mais de 500 colaboradores distribuídos entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a empresa entrou em uma fase em que improviso e planejamento orgânico deixam de ser suficientes.
Um COO, nesse cenário, não é um executor operacional; é alguém que dá escala ao que já funciona. Ao assumir a integração entre negócios, gestão e produto, Tatiana entra com a missão de transformar volume em consistência, e velocidade em eficiência.
A maturidade do mercado também pressiona um novo modelo de atuação: estudos recentes mostram que ainda existe uma dependência na forma como marcas operam com creators. Grande parte das campanhas são planejadas em poucos dias, com resultados avaliados de forma superficial. Nesse contexto, a profissionalização da operação é uma necessidade, não um diferencial. As campanhas de maior resultado, segundo a própria Spark, são aquelas em que o creator deixa de ser um “veículo humano” e passa a assumir o papel de parceiro criativo.
Criadores se tornam uma extensão da marca, emprestam sua curadoria de linguagem e a atenção das comunidades.
Análise YPX: o que isso diz sobre a Creator Economy, para além do case
A movimentação da Spark evidencia uma mudança estrutural da Creator Economy brasileira: o mercado deixou de enxergar influenciadores como um peão da publicidade e passou a tratá-los como um ativo estratégico que impacta no crescimento da marca. A posição de COO chega justamente como símbolo de um mercado que agora cobra maturidade e pensa além da viralização a qualquer custo.
Quando a maior powerhouse de influência organiza seu crescimento com estrutura executiva, ela aponta qual deve ser o próximo degrau do nosso setor. Agora, influência não é só sobre números, mas também relevância cultural.