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Quando a loja vira palco: o que a Galeria Magalu ensina sobre o futuro da influência no varejo

Galeria Magalu, na Avenida Paulista, é mais do que um centro de compras, o espaço nasce como um hub de conteúdo, convivência e cultura — com criadores de conteúdo no centro da estratégia.

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Hoje, o varejo brasileiro ganhou um novo marco físico e simbólico: a inauguração da Galeria Magalu, no coração da Avenida Paulista, em São Paulo. Mais do que um centro de compras, o espaço nasce como um hub de conteúdo, convivência e cultura — com criadores de conteúdo no centro da estratégia.

Projetada como uma loja de departamentos reinventada para a era da influência, a Galeria reúne cinco marcas do ecossistema Magalu (Magalu, Netshoes, Época Cosméticos, Estante Virtual e KaBuM!) em um mesmo endereço. Mas o que realmente torna o projeto disruptivo é o fato de que ele foi desenhado para ser streamável — e não apenas comprável.

Inovação com respeito à memória

Instalada no espaço onde por décadas funcionou a Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, a Galeria Magalu não apenas ocupa o espaço físico, mas mantém vivo o legado afetivo e cultural que esse lugar representa para a cidade.

Foram preservados elementos arquitetônicos, o teatro original e a vocação do espaço como ponto de encontro de ideias, arte e pessoas. Essa escolha mostra que é possível olhar para o futuro sem apagar a história — e que inovação e memória não são opostos, mas complementares.

A icônica escultura do Dragão Alado, da Livradia Cultura, foi mantida na Galeria Magalu

“Criador de conteúdo traz fluxo. Ele é audiência, ele é engajamento, ele é tráfego qualificado para a loja”.

A Casa da Lu: da tela para o mundo físico

Criada para ser o ambiente físico da influenciadora virtual Lu do Magalu, o espaço representa a materialização do storytelling da marca. 

A Casa reproduz cômodos como sala, cozinha, quarto, academia e escritório, nos quais marcas do grupo e parceiros estratégicos poderão expor inovações, promover experiências interativas com o público e transmitir lives diretamente do local. 

Cada ambiente é co-criado com uma marca: a Sala da Lu é assinada pela Samsung, a cozinha pela Electrolux, e o closet — focado em moda esportiva — será inaugurado com produtos de sportstyle, corrida e treino das marcas Fila e New Balance, vendidos pela Netshoes.

Mais do que uma ação de branding, a Casa da Lu é um exemplo de como narrativas proprietárias e personagens digitais podem ganhar vida no varejo físico, conectando comunidade, entretenimento e consumo de forma integrada e imersiva.

A Casa da Lu também preserva as icônicas estantes curvas da antiga Livraria Cultura

Um teatro para o creator — literalmente

Dentro da Galeria, o destaque é o Teatro YouTube – Sala Eva Hertz (que também preserva seu nome original). O espaço é um palco permanente, com programação pensada para criadores de conteúdo produzirem lives, podcasts, entrevistas, quadros e ativações com a comunidade, além da programação  cultural “offline”, com espetáculos, peças e shows.

Segundo Fred Trajano,  CEO do Magalu, o teatro foi preservado em sua configuração orgininal, mas pensado e “atualizado” para operar com conteúdo 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Creators selecionados pelo YouTube poderão agendar seus eventos a partir de 19 de dezembro. Inclusive, anote na agenda: dia 12 de janeiro teremos conteúdo da YOUPIX por lá.

O espaço é o segundo a ganhar a assinatura do YouTube. O primeiro foi inaugurado em 2021, em Los Angeles, na Califórnia. 

Teatro YouTube, o segundo do mundo, com 161 lugares está disponível para agendamento dos Creators.

Selfridges, China e o futuro do varejo físico

Durante a coletiva de imprensa, o Magalu citou benchmarks internacionais como a Selfridges, em Londres, que integra estúdios e ativações com creators em seu ambiente físico. Também foram mencionadas referências do varejo chinês, onde a lógica do live commerce faz parte da experiência de compra, com criadores atuando como vendedores, apresentadores e curadores ao mesmo tempo.

Mas o ponto mais relevante foi o reconhecimento de que o varejo físico não morreu. Ele só precisa mudar.

Apesar da digitalização do consumo, cerca de 80% das vendas totais do varejo ainda acontecem em ambientes físicos. Os consumidores não abandonaram o offline — eles esperam mais dele. Mais experiências, mais interação, mais valor.

A Galeria Magalu é a resposta a esse comportamento.

Cultura e Varejo: coexistindo.

No piso térreo, na entrada pela Alameda Santos, o Espaço Pina leva à Avenida Paulista parte da riqueza do acervo da Pinacoteca de São Paulo com o objetivo de aproximar o que há de melhor na arte do público diverso na Avenida Paulista. Ao longo do tempo, as mais de 12.000 obras da Pinacoteca poderão ser expostas no Espaço Pina.

A loja como mídia, o criador como canal

Com o consumo cada vez mais fragmentado entre telas, plataformas e formatos, o Magalu aposta em uma máxima que vem ganhando força na Creator Economy: “a loja é mídia”. E nesse novo cenário, o creator é peça-chave para transformar cada espaço físico em um ponto de contato relevante com o público.

Conclusão: não é sobre loja — é sobre palco

A Galeria Magalu é um exemplo concreto de como o marketing de influência deixou de ser uma disciplina periférica e se tornou parte do core business do varejo. Ela antecipa uma tendência: os espaços físicos que não forem pensados para gerar cultura e comunidade perderão relevância.

Na prática, o Magalu mostra que influência não é mídia comprada, é uma estrutura viva, conectada com gente, com tempo, com território e com significado.

A loja do futuro é um palco. E o criador é o mestre de cerimônias.

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